quarta-feira, 26 de novembro de 2008

- Rua Castro Alves, 1980 -

Óleo sobre tela - 50 x 70 cm - 2005
Para ampliar, clique na imagem
Este com certeza é um dos meus melhores trabalhos que já fiz até hoje. Primeiro porque o resultado ficou muito bom (modéstia a parte, naturalmente) e segundo porque é cheio de valores pessoais "escondidos" na imagem. A idéia era de começar, a partir desta pintura, uma série de trabalhos com teor mais regional, retratando a cidade de Macaúbas / BA, a partir de fotos antigas, seguindo o meu estilo.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

- Filosofando na maionese -

Como uma forma de sair da mesmice do narcisismo das minhas obras, "meu" isso e "meu" aquilo (nada mais chato que toda hora ouvir um mala falando de si), criei o "filosofando na maionese", onde coloco temas delicados com perguntas cabeludas (que provavelmente eu não vou saber responder). Só deixando claro que meu conhecimento em arte é tão autodidata como o modo como faço meus trabalhos (eita... lá vai eu e o narcisismo de novo) e portanto, não é lá tãão vasto, podendo muito bem acontecer algumas deslizadas... calma, que o santo é de barro! Hoje vamos falar de uma coisa que há algum tempo tem sido motivo da queda de cabelo de muitos pintores realistas por aí afora, que é:


Qual o futuro da pintura figurativa?

Esta é uma perguntinha que inquieta muitos da arte, principalmente aqueles que praticam a arte figurativa, é claro! Alguns dizem que não conseguem entender como a arte abstrata é tratada como arte, afinal, “não passa de manchas e rabiscos numa tela” e coisas do tipo, mas não é bem assim. Para entender todo esse complicado mundinho colorido é preciso ir pra época do “preto e branco” e dar uma olhadinha na história.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

- Embriaguez -

Giz Pastel Oleoso - Tamanho A3 - 2007
O ano de 2007 foi muito estranho pra mim, artísticamente. Primeiro porque eu já vinha pintando uma média de vários quadros por ano anteriormente (já teve ano em que eu pintei 36 telas), mas nesse bendito 2007 as coisas mudaram um pouco de figura. Não pintei uma única tela (por falta de inspiração, falta de vontade, preguiça, falta de tempo, desmotivação, etc), mas em compensação comecei a me aventurar em desenhos com o giz pastel oleoso, que apesar de alguns colegas artistas me aconselharem a não usá-lo antes de fazer algumas experiências com o giz pastel seco, acabei partindo pro oleoso mesmo. Até hoje não entendo o porquê da resistência de alguns com o pastel oleoso! Dizem que ele pega muito no papel, que mancha, etc., mas é tudo uma questão de utilizá-lo direito, ao meu ver.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

- Voltando pra casa -

Óleo sobre tela - 50 x 70 cm - 2005
Muitas vezes as inspirações para pintura surgem das fontes mais inesperadas (como em tudo, eu acho). Tem horas que surge num instantâneo despertar ao perceber uma cena num lugar qualquer, em outras vezes surge ao observarmos a beleza de algo corriqueiro, como uma mulher lavando prato, penteando seus cabelos, sentada num sofá pensando na vida, etc e etc. Ao meu ver, o pintor funciona mais ou menos como uma câmera fotográfica inconsciente, muitas vezes. A pintura de hoje surgiu praticamente a partir da cena de um filme.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

- Tanque do Lavapés -

Giz de Cera - Tamanho A3 - 2006
Este desenho tem muito a dizer. Ele foi encomendado pela prefeitura municipal de Macaúbas para o projeto de um mural em mosaico em uma praça que seria inaugurada no local que há muitos anos era conhecida como o "Tanque dos Lavapés". Esse nome já é bem antigo e possivelmente vem desde o século XIX, nos primórdios do município, quando as pessoas da zona rural que vinham pra cidade, ao chegar ao tanque dos lavapés, desciam dos seus cavalos e lavavam seus pés para entrarem na cidade, geralmente por motivos de negócios.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

- Filosofando na maionese -

Há alguns dias eu tenho prestado mais atenção ao "Arte por Parte", pensado no seu propósito, no que é escrito e colocado aqui e decidi que algumas mudanças eram muito necessárias - primeiro já foi o cabeçalho. É claro que o propósito básico deste blog é ter um espaço virtual na rede onde eu possa colocar os meus trabalhos e falar sobre eles, da sua composição, do que ele quer passar, etc. O grande problema de um blog é o caráter narcisista que ele tem, que algumas vezes se torna chato (eu acho), principalmente quando ficamos muito focados no "eu"... isso me incomoda bastante (no meu blog). É claro que num blog é meio difícil de escapar disso e quem passa pra ler está sujeito a ler um monte de coisas assim.

Então decidi que seria legal falar de outras coisas além da minha própria pintura, que é claro, vai continuar... só vamos mudar um pouco de assunto vez por outra pra desenjoar. Então vamos começar hoje, dando uma viajada na maionese pra falar de uma coisa mais ou menos filosófica, que é perguntar se:

O artista é necessariamente um ser romântico?

Geralmente as pessoas criam a imagem do artista como um ser sensível, romântico e cheio de coisas emotivas, até conhecerem uma meia dúzia deles... É uma queda do cavalo! A arte em si é uma visão romântica da realidade, existe a beleza plástica, etc, mas a pessoa do artista nem sempre corresponde. Isso acontece, talvez, por causa daqueles clichês que as pessoas compram como do artista plástico com uma boina, avental, pensando flores, paisagens e de preferência com sotaque francês. Não sei de onde tiraram isso! É a mesma coisa que achar que todo gaúcho anda de bombacha ou que nas ruas do Brasil tem um bocado de mulatas sambando na rua. Eu nunca vi!