terça-feira, 13 de dezembro de 2011

- Yeshua -

Antes de começar o post de hoje, agradeço a visita de todos que passam aqui no Arte por Parte, seja regularmente ou às vezes, e aproveito a oportunidade para deixar os meus votos de um Feliz Natal para todos! E coincidentemente, já que estamos falando de natal...

Acrílico sobre tela - 80 x 60cm - 2011
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A história da pintura por muito tempo esteve estreitamente ligada à religião. Na idade média, onde a maioria da população era analfabeta, as iluminuras com as passagens bíblicas catequizavam visualmente os fiéis... houve grandes pintores dentro da própria igreja, como é o caso, por exemplo, de Fra Angelico e Fra Felippo Lippi (tudo bem que este último acabou fugindo do convento com uma freira!). Também houve épocas em que era obrigatório pintar temas religiosos (ou mitológicos). Hoje, obviamente, os tempos são outros, os costumes e a mentalidade das pessoas também são outras e a pintura é completamente diferente do que era. Hoje o artista pinta o que imagina, o que se sente, o que está preso dentro de si, e até mesmo, nem pinta... usa outros tipos de materiais para expressar sua ideia. Como já disse inúmeras vezes por aqui, a minha praia é mesmo a pintura figurativa, do velho jeito tradicional. Como já devem ter notado, a pintura de hoje é sobre Jesus.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

- Pensando alto -


Hoje a publicação não será sobre uma pintura, como é o costume no "Arte por Parte". Não será uma pintura, mas não pela falta de opções para expor aqui (ainda há muitos bons trabalhos para figurar neste espaço), e sim por haver outras coisas dentro da própria arte que valem tanto quanto a obra em si... o processo artístico, por exemplo, é um deles. Vamos tratar aqui hoje de arte contemporânea. Como todo artista deveria fazer, eu mantenho bem perto de mim toda a história dos grandes mestres da pintura, seja como uma forma de inspiração, como também uma fonte de aprendizado e referências. Faço isto através de uma coleção pessoal de livros sobre estes grandes pintores que admiro e que, de uma forma ou de outra, me influenciam em algum nível. Naturalmente, a coleção cresce, aos poucos.

Recentemente, comprei um livro recém lançado chamado "501 artistas" (editora Sextante), um guia contendo 501 artistas organizados cronologicamente, ilustrado e com um breve histórico de suas vidas e carreiras. Apesar do livro ser enorme (640 páginas), ele não é cansativo e é vendido por um preço muito acessível (recomendo!). Pois bem... lá estava eu em casa folheando prazerosamente o livro recém comprado e extasiado por saber de alguns detalhes de alguns pintores que eu desconhecia e, no caso de alguns, por conhecer seus rostos. Quando o livro chegou no período contemporâneo, a coisa começou a incomodar. Tanta gente desconhecida, com trabalhos tão desconexos... mas reconhecidos. Fiquei pensando comigo.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

- Meditação -

Acrílico sobre tela - 70 x 60 cm - 2008
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Antes de começar a tratar da pintura deste post, vamos às novas! Esta semana tive uma grata surpresa ao ser convidado pelo programa Mosaicos da Rádio Nacional da Amazônia para conceder uma entrevista ao vivo sobre o "Arte por Parte" (quem quiser ouvir, no rodapé deste post tem o audio da entrevista). Todas as segunda-feiras o programa faz uma entrevista com um blogueiro que escreve sobre arte e na segunda passada (31 de outubro) foi a minha vez. Fica aqui o meu agradecimento à equipe da Rádio Nacional. E agora, vamos ao que interessa!

Em pintura, algumas coisas fora da tela também causam uma certa dor de cabeça nos artistas. Algumas vezes esse dilema vem na hora de estipular o preço (como foi tratado na publicação anterior), em outras é na hora de encontrar uma forma de fazer parte do meio artístico (tratado na publicação "Elis Regina") ou até mesmo, no momento de decidir qual será o título da obra.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

- Orquídea -

Óleo sobre tela - 60 x 70 cm - 2011
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Antes de começar, peço perdão aos entendedores de flores que virem este post, pois não tenho certeza se a flor retratada se trata realmente de uma orquídea (nunca fui entendedor de flores). Justificativas à parte, vamos tratar aqui hoje, além da pintura em si, do comércio informal na arte (superficialmente, é claro). Vender pinturas em tela não é algo simples, isto quando se trata do comércio menor, fora de galerias e salões. Até hoje, confesso que o meu maior calvário é dar preço ao que faço... não sei fazê-lo. A razão para isto pode ter diversas explicações, mas que ainda não encontrei resposta.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

- Elis Regina -

Acrílico sobre disco vinil - 30 x 30 cm - 2011
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Ainda hoje, há muitas pessoas que acreditam piamente no estereótipo do artista plástico que só consegue ficar famoso depois de morto, sem colher os louros da fama e com o seu trabalho valendo fortunas... provavelmente este pensamento seja uma contribuição da marcante história da vida do holandês Vincent Van Gogh, que causou uma impressão tão forte que grudou no imaginário popular. De fato, não é fácil (ainda mais no Brasil) um artista viver bem da sua própria arte, mas isso não quer dizer que seja impossível... e as coisas tem mudado bastante no país nos últimos anos! A saída para o artista brasileiro hoje tem sido partir para concorrer nos editais que bancos, fundações e outras instituições destinam à cultura, ou buscar uma galeria séria nos grandes centros para mostrar as suas produções.

A pintura de hoje é fruto de um projeto que venho trabalhando há alguns meses e que tenho inscrito nos editais que surgem (por enquanto, apenas tentativas frustradas), nesta concorrida disputa que é o mundo da arte. Foram feitos diversos retratos de personalidades ímpares da música nacional e internacional, utilizando sempre o disco de vinil (o bom e velho LP), percorrendo assim diversos estilos musicais diferentes. A escolhida de hoje é a cantora Elis Regina, talvez a melhor intérprete da música brasileira.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

- Natureza Morta com Frutas -

Giz pastel oleoso - Tamanho A4 - 2011
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Assim como foi na publicação "pai", este é um trabalho que fiz utilizando o giz pastel oleoso sobre o papel madeira, material incomum para este tipo de produção. Na verdade, o trabalho de hoje é um mero esboço para uma futura tela, que muito provavelmente sofrerá alterações e que será publicada aqui quando for concluída, mais a frente. O desenho de hoje inevitavelmente me faz tratar de um assunto que, para mim, é de extrema importância para um artista visual: referências. No meu simples entender, todo o artista visual que se preza precisa ter uma câmera fotográfica (nem que seja a câmera de um celular), seja para registrar seus trabalhos, fotografar uma infinidade de coisas que podem servir como referência para um futuro trabalho ou mesmo, para simplesmente ajudar em estudos. Naturalmente, é um costume que tenho e o desenho de hoje se serviu deste hábito.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

- Tensão -

Nanquim - Tamanho A4 - 2011
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Houve um tempo em que o medo comum do homem era se tornar o prato principal de qualquer animal faminto na floresta. Depois foi o risco de ser escravizado por algum povo conquistador, que depois se tornou no medo de ser morto numa guerra e assim, com o passar do tempo, o medo foi mudando de rosto. Atualmente, acredito que o medo comum no Brasil é com a violência urbana... seja por um assalto, um sequestro, etc. O noticiário dos meios de comunicação, que visam prioritáriamente a busca pela atenção, só fazem aumentar a nossa paranóia com relação a tudo. Basta passar numa rua um pouco mais escura e deserta que o estado de alerta dispara... e tudo tende a piorar se algum personagem que faz parte de qualquer estereótipo suspeito entrar no nosso campo de visão. Neste momento, o medo assume o lugar de juiz e dá o veredito por antecipação, sem esperar pelas evidências. É exatamente disso que o desenho de hoje fala.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

- Pai -

Giz pastel oleoso - 27 x 35 cm - 2011
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Há cerca de um ano, mais ou menos, decidi que eu iria explorar um pouco mais as possibilidades do giz pastel numa superfície diferente da tradicional, que geralmente é o papel canson pra mim. Ouvindo as pessoas, a gente descobre que tem muita gente que acha que o trabalho só pode ser feito no material apropriado. Pensar assim é o mesmo que achar que a pintura só deve ser feita em tela, por exemplo... é claro que o trabalho tende a ser desvalorizado numa eventual comercialização, mas nada impede que seja feito. A cada dia que passa, surgem diversos exemplos de obras reconhecidas que surgem feitas em materiais não-tradicionais. E pensando no que eu poderia utilizar no trabalho, uma idéia surgiu... desenhar com giz pastel em papel madeira pardo.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

- Circo da Vida (homem-bala) -

Desenho à Bico de Pena - Tamanho A5 - 2010
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Como eu já havia comentado na postagem "O Tempo", há algum tempo eu tive a idéia de fazer um livro de poesias com imagens que ilustravam o que havia sido escrito e que, por enquanto, está esperando uma boa oportunidade para ser lançado.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

- O princípio -

Óleo sobre tela – 30x40 cm - 2003
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Na época deste trabalho, eu ainda não tinha encontrado uma linha de pintura que eu pudesse seguir, adotando como uma marca pessoal. Por isso mesmo eu partia pra experimentação (e até hoje ainda faço isso), visitando diversos estilos, temas e indiretamente, através do velho método da tentativa e erro, amadurecendo meu próprio estilo e educando o senso de observação (habilidade essencial para qualquer artista, independente da área). Naturalmente, uma parte considerável dos resultados foram ruins, mas com certeza foram muito importantes, pois ajudaram imensamente nesse processo de aprendizagem.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

- Inconstância -

"O que aconteceu com o Arte por Parte?" é o que devem estar se perguntando os leitores frequentes ou casuais deste blog... desde o ano passado, confesso que tem me faltado aquele comichão do início de publicar os trabalhos aqui no blog (e até mesmo os vídeos do Arte de Quem), além de escrever coisas legais e etc. Acho que em algum momento, todos nós estamos sujeitos a essa inconstância chata e assim vai sendo essa recuperação contínua da disposição perdida, de tempos em tempos.

terça-feira, 5 de abril de 2011

- O tempo -

Desenho à bico de pena - Tamanho A5 - 2010

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Acho que todo mundo passa por uma fase na sua vida em que fica escrevendo um monte de coisas, sejam elas cartas para si próprio, poesias, versos, desabafos ou qualquer outra denominação do tipo para sua produção. E comigo não foi diferente... quilos de papel foram riscados com os mais diversos temas e hoje envelhecem esquecidos em pastas, envelopes e caixas, esperando que por algum acaso sejam relidos ou lidos por alguém. Não são nenhuma maravilha, reconheço, mas um ou outro tem o seu charme próprio.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

- Praça Imaculada Conceição -

Acrílico sobre tela - díptico (20 x 20 cm; 15 x 20 cm) - 2011
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Há algum tempo atrás, decidi fazer uma série de pequenas telas tendo como foco alguns pontos marcantes da cidade de Macaúbas/BA, como já foram aqui mostradas anteriormente, e hoje esta série se encerra (pelo menos, por enquanto) com a reprodução da praça Matriz da cidade. Neste caso, resolvi fazer um díptico (pintura composta por duas partes, que antigamente eram pintadas em tábulas).

A Praça Nossa Senhora da Imaculada Conceição, marco zero da cidade de Macaúbas, é também o ponto de encontro dos macaubenses nos finais de semana... muitas gerações se encontraram na praça para conversar, namorar, se divertir e continua assim até hoje, ainda que de uma forma menos centralizada.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

- Voltando à ativa -

Depois de algum tempo sem dar as caras aqui por conta da correria de fim ano, férias e etc, cá estou para retomar o ritmo normal do Arte por Parte. Durante o ano de 2010 houveram muitos contratempos dos mais diversos motivos, o que por consequencia fez com que o blog tivesse muito menos postagens do que o normal, mas acredito (tomara!) que em 2011 as coisas serão bem diferentes.

Para melhorar ainda mais o Arte por Parte, decidi adotar na página inicial apenas o resumo dos posts, com link para continuar lendo o resto do que foi publicado em cada um, caso seja essa a escolha do leitor. Dessa forma o blog fica mais leve, menos poluído visualmente e fica até mais fácil que eu saiba o que desperta mais interesse nas pessoas (qual tipo de técnica).