O assunto hoje não será arte. Momentos depois de confirmada a reeleição de Dilma Rousseff como presidente, surgiu uma avalanche de comentários extremamente infelizes pela internet, talvez feitos no calor das emoções da disputa, e que me incomodaram muito. Tem transbordado barbaridades por todo lado nas redes sociais… comum também foi encontrar explicações extremamente simplistas que reduziam o resultado final da vitória da candidata petista graças a contribuição do povo nordestino, simplificado ainda mais quando foram todos generalizados a meros usuários do bolsa família, ou rotulados apenas de pobres. Mas o rótulo mais utilizado, mais direto e endereçado aos nordestinos foi o de “povo burro”. Me fez lembrar imediatamente de uma música do nordestino Tom Zé (rotulado como gênio dentro e fora do país) que dizia que a burrice não tem preconceito, não escolhe credo ou classe social.