quarta-feira, 13 de julho de 2016

- De Novo e de Novo -

Caneta nanquim - 14,8 x 21,0 cm (tamanho A5) - 2016
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Quem visita regularmente o Arte por Parte já sabe que grande parte do meu trabalho flerta bastante com o realismo, retratando cenas do cotidiano na maior parte delas. Eu até busco me forçar a sair um pouco desta característica utilizando materiais ou recursos que dificultam mais o detalhamento, como por exemplo, alguns tipos de giz ou uma paleta de cores restrita. O trabalho de hoje é uma escapada deste território, um passeio por um campo mais surrealista, onde a imaginação é o grande condutor da imagem.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

- Cena de Macaúbas -

Giz pastel oleoso - 13,5 x 21,3 cm - 2015
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Na publicação "Vista da Igreja Nossa Senhora da Imaculada Conceição" eu tinha comentado sobre retratar cenas locais pouco usuais visando lançar um olhar mais universal sobre o tema (e muito provavelmente eu também já tenha tocado neste mesmo assunto em outros posts antigos). Pois é justamente o que a arte de hoje pretende transmitir. Nestes casos, os lugares que são retratados não importam tanto, sendo que o objetivo principal acaba sendo o de passar uma determinada sensação e/ou uma experiência estética. Mas é importante lembrar também que, obviamente, ao retratar um determinado lugar a arte em questão também ganha um aspecto documental conforme o passar do tempo.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

- Praça do Rosário, Paramirim -

Giz pastel oleoso - 13,5 x 21,3 cm - 2016
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Algumas vezes (poucas vezes, na verdade) sou obrigado a visitar algumas cidades próximas de Macaúbas. Quando isto acontece, naturalmente aproveito as oportunidades e fico atento a tudo em volta, fotografando qualquer coisa que chame a minha atenção e que possa talvez ser usado num provável futuro trabalho artístico, que pode até não se concretizar, mas que fica como uma parte integrante do meu "banco de referências", como uma opção que, de repente, com o passar do tempo pode ser vista com um outro olhar. A arte de hoje é fruto de uma dessas visitas às cidades vizinhas, mais especificamente em Paramirim.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

- Tomando o Poder -

Lápis de cor - 13,5 x 21,3 cm - 2016
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Como já diz a sabedoria popular, quando se trata de religião, política e futebol, ninguém tem razão. Procuro deixar estes temas de um pouco de lado justamente por saber que envolvem paixões e nestes casos, as opiniões dificilmente são imparciais, dependendo de cada pessoa, naturalmente. A questão é que o Brasil vive atualmente um sério problema político que lamentavelmente tem feito com que o ânimo de muitos cidadãos pelo país se contaminem pelo discurso raso, preconceituoso e estereotipado. Mas depois de ver o circo de horrores que aconteceu no Congresso Nacional em Brasília no dia 17 de abril, não me contive e criei esta imagem numa tentativa de ilustrar o que acontece no país hoje.

terça-feira, 12 de abril de 2016

- Vista da Igreja Nossa Senhora da Imaculada Conceição -

Acrílico sobre tela - 80 x 60 cm - 2016
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Quando tratamos sobre os temas que os artistas escolhem, é difícil desassociar da capacidade de observação destes. Acho que a observação é um fator crucial para todo artista, independente da área. Mesmo que o artista seja um pintor abstrato, o que na verdade pouco importa, ele é essencialmente um observador, seja para o que acontece dentro de si próprio, ou para a relação entre cores, formas e sentimentos e a forma como tudo isto interage com os outros que a contemplam, enfim, ele é um observador voraz do mundo interior e exterior. Falar sobre o processo das artes visuais figurativas hoje em dia é um pouco complicado porque já não funciona como muita gente ainda pensa que funciona. A arte contemporânea (e até esta nomenclatura parece não englobar muito bem o atual momento) ampliou muito o leque de possibilidades artísticas.

Vista parcial da Praça Imaculada Conceição em Macaúbas, Bahia
Retratar a cidade onde moro é um tema que de tempos em tempos eu revisito, seja através de encomendas que às vezes surgem ou pela escolha de determinados lugares que eu acho que podem culminar num bom trabalho. Muitas vezes eu escolho retratar lugares que fogem do óbvio (para aqueles que conhecem a cidade), justamente para criar a partir do local, um trabalho de apelo mais universal. O caso específico desta publicação foi retratar um lugar central, quase turístico da cidade, que foi feito para um fim social muito interessante, apesar do prazo curto que tive para fazê-lo.

sexta-feira, 11 de março de 2016

- Olhar -

Lápis dermatográfico - 13,5 x 21,3 cm - 2016
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Produzir atualmente um trabalho de pintura e/ou desenho é algo relativamente fácil dada a enorme variedade de materiais e cores disponíveis no mercado, da possibilidade de comprar via internet, enfim, a facilidade na aquisição destes materiais soa nos ouvidos como música, logicamente se for comparado há outros tempos (e nem é preciso voltar muito no tempo). Na história da arte, por muito tempo o próprio artista produziu seu material, buscando os pigmentos para conseguir as cores desejadas e mesmo com uma paleta restrita, eles conseguiam resultados ótimos. Talvez esta facilidade toda que temos em conseguir uma gama enorme de cores já prontas para usar acabe "atrapalhando" um pouco o desempenho, já que trabalhar com uma paleta restrita exige muito mais do artista, forçando-o a desenvolver sua técnica. Algumas vezes, me imponho este tipo de desafio e o trabalho de hoje foi o resultado de uma destas experiências.