Óleo sobre tela - 24 x 35 cm - 1998
A idéia surgiu como uma opção de presente para um chefe do meu trabalho da época (1996, mais ou menos), que segundo eu soube, tinha muita vontade de ter uma pintura religiosa. Mas tinha que ser algo especial... eu não poderia fazer uma pintura de um santo como qualquer um destes que vendem pronto por aí. Como a minha religiosidade se resume
Depois de decidido o que fazer, nem me preocupei em planejar como seria, pensar a pintura antes de começar... meti as caras e fui fazendo (de cabeça, sem nem ter uma imagem do sudário) e aconteceu o que era óbvio naquele momento: saiu uma merda! Tão ruim (ao meu ver) que nem dei presente nenhum pro cara, no fim das contas. Encostei a tela num canto qualquer por uns anos, mas fiquei pensando numa maneira melhor de fazê-la depois. Passou dois anos, eu já tinha achado uma forma legal de fazer a pintura, mais ou menos seguindo o próprio estilo do sudário, sem pensar em definir nada. Acontece que, pra mim, não definir as imagens das pinturas é muito difícil! Automaticamente vou definindo os contornos, as formas e quando vejo, já é tarde, afinal, como eu sou míope, eu passei minha vida toda tentando definir as imagens... acho que é bem compreensível!
E voilá! Finalmente saiu do jeito que eu estava planejando. Simples, poucas cores (só duas) e pronto. Algum tempo depois inventei de fazer a mesma pintura numa tela maior, só que em alto relevo, mas quem é que disse que a gente consegue fazer a mesma pintura duas vezes? Ou fica pior ou fica melhor... igual nunca! E esta, a primeira, foi a melhor. Pra incrementar o post de hoje, vai uma citação que encontrei por acaso há poucos dias do poeta e filósofo alemão Friedrich Von Schlegel (que eu nem fazia idéia de quem era, confesso!).

Friedrich Von Schlegel
Muito sabido o tal rapaz!
Santo Sudário de Eduardo Cambuí Junior é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Vedada a criação de obras derivativas 3.0 Unported.
Amigo:
ResponderExcluirToda corroída por dentro, devido a uma grande decepção, essa obra sua veio a calhar. Fiz post novo, sobre um filme dos anos 1980, de que gosto muito e inclui sua obra na postagem. Há poesia, imagens, como sempre. Estou à sua espera.
Um abraço,
Renata
Belo trabalho
ResponderExcluirSensível
Parabéns
Miriam