Hoje a publicação não será sobre uma pintura, como é o costume no "Arte por Parte". Não será uma pintura, mas não pela falta de opções para expor aqui (ainda há muitos bons trabalhos para figurar neste espaço), e sim por haver outras coisas dentro da própria arte que valem tanto quanto a obra em si... o processo artístico, por exemplo, é um deles. Vamos tratar aqui hoje de arte contemporânea. Como todo artista deveria fazer, eu mantenho bem perto de mim toda a história dos grandes mestres da pintura, seja como uma forma de inspiração, como também uma fonte de aprendizado e referências. Faço isto através de uma coleção pessoal de livros sobre estes grandes pintores que admiro e que, de uma forma ou de outra, me influenciam em algum nível. Naturalmente, a coleção cresce, aos poucos.
Recentemente, comprei um livro recém lançado chamado "501 artistas" (editora Sextante), um guia contendo 501 artistas organizados cronologicamente, ilustrado e com um breve histórico de suas vidas e carreiras. Apesar do livro ser enorme (640 páginas), ele não é cansativo e é vendido por um preço muito acessível (recomendo!). Pois bem... lá estava eu em casa folheando prazerosamente o livro recém comprado e extasiado por saber de alguns detalhes de alguns pintores que eu desconhecia e, no caso de alguns, por conhecer seus rostos. Quando o livro chegou no período contemporâneo, a coisa começou a incomodar. Tanta gente desconhecida, com trabalhos tão desconexos... mas reconhecidos. Fiquei pensando comigo.