Acrílico sobre tela - 50 x 70 - 2015
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Quando comentamos com alguém como foi fazer uma determinada pintura, facilmente percebemos que alguns clichês não desgrudam do imaginário popular. Um deles se refere a própria produção artística... Muitas pessoas (quase sempre aquelas que não são muito ligadas ao assunto) acreditam que o artista trabalha mais ou menos desta forma: ele fica na frente de uma tela em branco (ou qualquer outro suporte que ele possa utilizar) esperando que uma luz divina apareça do subconsciente e ilumine sua cabeça com a famosa inspiração. Neste momento há um estalo, talvez grite "eureka" e pronto, desanda a produzir a obra. Vez por outra, até pode acontecer isso, mas é algo raro e na maioria esmagadora das vezes, não é bem assim que funciona.
A ideia para uma pintura vem de diferentes formas, surgindo quase sempre muito antes do artista arregaçar as mangas... muitas vezes a ideia vem de uma forma e durante o processo ela vai sendo alterada conforme outras vão surgindo durante a produção, até ficar irreconhecível se comparado ao início. Outras tantas vezes a ideia é como se fosse uma semente que surge pequena, vai germinando na mente, ganhando corpo até gerar o fruto (ou frutos), que é a pintura propriamente. E o "ganhar corpo" que eu quero dizer, depende de pesquisas diversas que vamos nos acostumando a fazer, conforme o tempo. Uma das razões da criação do Arte por Parte, inclusive, é tentar desmistificar um pouco destes estereótipos.