quarta-feira, 10 de junho de 2020

- O Encontro de Dois Mundos -

Acrílico sobre tela - 50 x 70 cm - 2020
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É muito complicado explicar o cenário político-social no Brasil hoje e como chegamos neste ponto. O país, antes de qualquer coisa, é vítima de um vírus que causa muitas baixas na população, muito mais do que os números oficiais dizem (como já é conhecido) e, como agravante, temos uma crise política absurda, um país dividido, um governo inoperante imerso numa guerra de discursos ideológicos onde até a ciência (ou a sua negação) é usada como identificação de uma vertente política. A arte de hoje fala, de uma forma indireta, sobre essa divisão que neste momento de pandemia, deixa ainda mais exposta a desigualdade social e racial no país.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

- Abaporu em tempos de pandemia -

Acrílico sobre tela - 30 x 40 cm - 2020
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Diante das circunstâncias na qual vivemos atualmente, é praticamente impossível manter uma produção artística regular sem ter como pano de fundo alguma relação com a pandemia do covid-19, pessoalmente falando, logicamente. No Brasil, além de toda a tensão e incômodo que a presença deste vírus na sociedade vem causando nas pessoas, ainda temos como agravante uma situação política caótica, em que é praticamente impossível ter uma única semana sem uma nova polêmica… tédio nos noticiários não é algo que os brasileiros possam reclamar hoje.


Voltando ao foco, a pintura deste post é novamente uma releitura, desta vez focando na obra que talvez seja a mais famosa da arte brasileira: “Abaporu” de Tarsila do Amaral. Esta pintura tem um simbolismo enorme, tanto no contexto da época em que foi produzida, sendo o marco do movimento antropofágico do modernismo brasileiro, como também com as riquíssimas correlações históricas que esta pintura nos remete.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

- Sem Rótulos -

Acrílico sobre tela - 40 x 50 cm - 2020
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Neste ano a humanidade teve (e está tendo) uma lição muito importante, em diferentes aspectos. A realidade amarga de uma pandemia do covid-19 que já matou milhares de pessoas pelo mundo (e coloca outros bilhões em sistema de quarentena) nos mostra que algumas particularidades do nosso modo de vida contemporâneo são, no mínimo, questionáveis. E é interessante perceber que muitas opiniões polêmicas que vinham ganhando adesões em diversas regiões foram rapidamente questionadas em sua essência neste momento, como os movimentos anti-vacina, por exemplo. Questões absurdamente óbvias, como esta do exemplo, assim como as questões mais complexas também pedem revisão neste momento único da história… e é bem curioso perceber o quanto é essencial defender o que é óbvio, pois nestes tempos obscuros atuais, nem com ele podemos contar. A arte de hoje trata de uma reflexão que neste momento parece bem oportuna, que é uma espécie de analogia (meio simbólica) sobre a necessidade que temos de rotular tudo, especialmente os comportamentos e as pessoas.

sexta-feira, 20 de março de 2020

- O Grito em Quarentena -

Acrílico sobre tela - 40 x 50 cm - 2020
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Ainda estamos no início de 2020 e parece que já se passou muito mais do que apenas 3 meses do ano, principalmente no Brasil, dado ao volume de acontecimentos que vem ocorrendo. Naturalmente, um fato que não tem como desprezar é a pandemia de corona vírus (o covid-19) que vem causando muitos estragos mundo afora e que até este momento, timidamente no cenário brasileiro, vem mostrando sua cara e assustando as pessoas, que estão sendo obrigadas a se isolar em casa para evitar que o contágio se alastre. Como eu já disse diversas vezes por aqui, a arte tem que falar do seu tempo, dar o seu testemunho e naturalmente o assunto é este, mas como tratar de forma eficiente sobre algo que vem causando tanta angústia nas pessoas? A saída foi recorrer para a história da arte e fazer uma releitura de uma obra que é talvez o símbolo maior da angústia na arte: "O Grito", de Edvard Munch.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

- Consumido -

Acrílico sobre papel - 29 x 42 cm - 2019
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Eu costumo dizer que as artes visuais têm a ingrata missão de contar uma história, passar uma mensagem, com apenas uma única imagem estática, pensando nas artes visuais no hemisfério de pintura, desenho, escultura e fotografia. Muitas vezes essa mensagem é complexa e subjetiva, o que dá margem para diferentes interpretações.

Quem pensa exclusivamente no caráter decorativo de uma obra de arte está completamente enganado! Logicamente que há obras muito belas e há algumas delas que se valem apenas do caráter estético, mas acredito que pouquíssimas (principalmente aquelas que buscam o seu lugar no meio artístico) se enquadrem nisto. A arte também fala do mundo, da atualidade, faz críticas e tem algo a dizer… não é apenas um design bem feito. A arte de hoje fala sobre algo que inunda os nossos tempos e que não está restrito por fronteiras, que é o consumismo.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

- Paz de Espírito -

Acrílico sobre tela - 30 x 40 cm - 2019
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De tempos em tempos, aparece alguém me procurando, me perguntando se eu aceito pegar encomendas de pinturas sobre um determinado tema ou uma cena específica. É algo que depende muito da situação, mas não é algo que eu costumo pegar com frequência por uma série de razões que vou detalhar melhor mais adiante, mas às vezes eu pego, dependendo muito do que se trata a pintura, do potencial de expressividade que ela possui, se tem como deixar a minha "marca", entre outros detalhes. A pintura de hoje (também já publicada no Instagram) é um destes poucos casos de pintura sob encomenda que aceitei e que acabou se tornando um desafio bem interessante de se explorar… e acabou culminando num resultado muito agradável!

sábado, 1 de fevereiro de 2020

- Sob a sombra de uma árvore -

Acrílico sobre tela - 50 x 70 cm - 2020
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Muitas vezes, alguns dos meus desenhos são produzidos de uma forma meio solta, sem grandes perspectivas e depois de prontos, para a minha surpresa, acabam saindo melhores do que era imaginado inicialmente. Em outros casos, são feitos deliberadamente como uma espécie de esboço mais elaborado para que sirva como um laboratório, um tipo de test-drive para uma futura arte, melhor planejada e produzida, como foi esta (também publicada no Instagram).

No caso da publicação da arte de hoje, que começou primeiro em 2015 com o desenho em giz pastel oleoso nomeado como “Cena de Macaúbas”, a produção deste trabalho foi meramente um exercício sem grandes pretensões, mas que teve um resultado que superou as expectativas quando ficou pronto, o que me fez considerar a possibilidade de refazer este trabalho em tela, maior, com mais capricho e, logicamente, com algumas pequenas diferenças de um para outro.

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Curso de desenho artístico

Cartaz do curso de Desenho Artístico, em Macaúbas
Nesta quinta-feira (30 de janeiro de 2020) tem início o Curso de Desenho Artístico – nível I – na Fundação Cultural Prof José Batista da Mota no centro de Macaúbas / BA. O curso é voltado para um público de pessoas a partir dos 12 anos e se desenvolve a partir do desempenho e ritmo individual de cada aluno, com duas aulas por semana, estimulando sobretudo o senso crítico de observação, essencial para a prática do desenho artístico.